quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Alex Botelho, pres. Sindicato Rural de
Dianópolis, fica indignado em ver caixas
d'água no depósito enquanto o
produtor rural passa sede.
Foto: Carlos Furtado
A seca que vem matando o gado e as criações do produtor rural, agora aflige os moradores da zona rural de Dianópolis. Junto com o presidente do Sindicato Rural de Dianópolis, Alex Botelho, percorremos secretarias da administração municipal e chegamos a uma triste conclusão: a burocracia impede que a legião de sedentos recebam o bem mais precioso para a vida,  água.


Por Carlos Henrique Furtado

A região do Varjão, Malhada e Tucuzinho, que representam 70% da zona rural, estão em situação de calamidade. "As crianças estão bebendo lama, água esverdeada", declarou um produtor rural que pediu para não ser identificado. Outra região que a partir de quarta-feira, 17, começou a pedir socorro é a Malhadinha.

As regiões citadas ficam distante de córregos e as barragens que foram construídas já estão secas. Resta a esses trabalhadores rurais pedir socorro a prefeitura dianopolina para que enviem caminhões-pipa.

Conversei com o secretário de Administração, Xinofonte Pereira, que também é coordenador da Defesa Civil no município, e me explicou que a prefeitura tem 02 caminhões-pipa, que são utilizados para molhar ruas ainda sem asfalto, e que estão agora levando água para os assentamentos. "Temos quatro rotas para a zona rural, a cada 2,3 dias os caminhões passam abastecendo", declarou Xinofonte.

É pouco. Já que o agricultor não tem recipientes em tamanho adequado para armazenar a água. Questionamos com o secretário o que mais a prefeitura poderia fazer. Contratar mais caminhões para levar água? Comprar caixas d'água e doar para que os moradores consigam ter mais água e poder aguardar a chegada do próximo caminhão? Decretar emergência? Nada. Nada mais pode ser feito.


O Governo do Tocantins esta usando o decreto de emergência da seca de 2013, e por isso a prefeitura de Dianópolis não pode decretar situação de emergência pois entraria em conflito com o Estado. Apesar da decretação de emergência, nada é feito. Dois caminhões (do Estado) passam os dias estacionados sem abastecer a zona rural, emperrados pela burocracia, ou falta de atitude política.

Enquanto isso, muitas caixas d'água do Governo Federal do programa Tocantins Sem Sede, que recebeu 90 milhões, estão secando ao sol em um depósito da prefeitura, esperando a tão falada instalação, que segundo propaganda política, irá resolver o problema da seca na zona rural. Pode até ser, mas quando a ATS - Agência Tocantinense de Água irá fazer a instalação? O governador Sandoval Cardoso já levou um puxão de orelha do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, por não ter cumprido nem 10% da instalação das cisternas.

O presidente do Sindicato Rural de Dianópolis, Alex Botelho, que acompanhou a reportagem ficou indignado ao ver tantas caixas d'águas abandonadas em um terreno enquanto o produtor rural passa por essa situação humilhante. "É triste ver a situação do nossos amigos da zona rural não ter água para fazer a comida, não ter água para dá de beber a seus filhos, vê as suas criações morrendo de sede. É muita irresponsabilidade do governo estadual. Precisamos urgentemente encontrar uma solução. Não podemos ficar de braços cruzados", falou Alex Botelho.

Segundo levantamento do Sindicato Rural de Dianópolis, é necessário conseguir pelo menos 10 caixas d'água de 50 mil litros, para serem colocadas em pontos estratégicos nos assentamentos , para que o caminhão-pipa da prefeitura faça o abastecimento, e a população rural possa aguardar a ida do próximo caminhão. 

É lastimável! É vergonhoso! 

Espero que não aparece nenhum político-babaca querendo tirar proveito dessa triste situação para conseguir votos em troca de promessas.

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